quinta-feira, 23 de março de 2017

A QUESTÃO NÃO É TER UM NAMORADO – É TER O NAMORADO CERTO

Tu perguntas-me porque é que eu não tenho namorado como quem tenta descobrir o meu defeito. Eu digo que não sou assim tão fácil, como quem responde “perfeccionista” quando lhe perguntam o seu maior defeito. Não é mentira, mas também não é por isso. Eu podia colocar a culpa nos homens e dizer que é difícil comprometer-se hoje em dia. Eu podia colocar a culpa “nos tempos” e dizer que é difícil admirar. Eu podia até fazer como aquelas pessoas que dizem “se tu estás sozinha é porque tu és chata” e ficar a redimir-me pelos cantos, mas nada disso seria sincero.
O que eu tenho pensado ultimamente e que me tem trazido alguma calma é que o amor é muito específico. Não é mesmo fácil encontrar amor sincero. Aparência, interesses comuns e vida profissional são apenas critérios genéricos. Se não fossem, a plataforma do amor seria o Linkedin.
Não é assim que funciona. Pelo menos para mim. Eu sempre estranhei aquelas pessoas que conseguem arranjar um namoro pouco tempo depois de terem terminado um. Sai um, entra outro e fica tudo bem. Antes achava que essas pessoas tinham muita sorte. Hoje penso que talvez sejam mais flexíveis. Talvez valorizem mais a companhia do que a pessoa. Gostem da estabilidade de ter alguém a seu lado. Adaptam-se melhor ao outro, enquanto que eu me prendo a detalhes.
Apaixonante para mim é o homem que trata com educação o empregado de mesa. Que me chama de uma maneira fofa. Que tem pensamentos bonitos. Que consegue desenrolar uma conversa agradável numa festa cheia de desconhecidos. Pode parecer loucura, mas para mim a paixão está intimamente ligada ao tom de voz e à qualidade da playlist. Gosto de quem me olha com inteligência, de quem me abraça com vontade, de quem não se expõe demasiado.
Toda a vez que eu vejo um casal feliz, imagino que eles sejam resultado de algum alinhamento cósmico super complicado. Se já é difícil amar alguém, imagina amar alguém que te ama de volta. Que também valoriza em ti o que mais ninguém percebe. Considero que é uma missão difícil fazer-se insubstituível na vida de alguém num mundo em que ninguém mais levanta a cabeça, tão entretidos que estamos com o visor do telefone.
Como disse uma amiga, a questão não é ter um namorado: é ter o namorado certo. Enquanto ele não chega, eu trabalho, saio, vou ao ginásio. Também tenho os meus momentos menos bons, mas não há muito que eu possa fazer. Preciso ter paciência para esperar o que mereço. Estou sozinha e não é culpa minha. O amor é raro.
Escrito por:

Descreve na perfeição o que penso....

quinta-feira, 16 de março de 2017

Estará na hora de desistir?



Eu tenho saudades, e sabem? Sentir saudades é das coisas mais dolorosas do mundo.

Saudades daquilo que já não volta, saudades do que não podemos recuperar. Viver com saudades é horrível, é como se vivêssemos presos ao passado.

Sinto saudades tuas, dos nossos momentos. Sinto saudades se algo que era a melhor coisa do mundo, e que de repente desapareceu.


Não foi assim à toa, há motivos. Motivos esses que são difíceis de aceitar, de lutar. Tens pessoas com as quais eu não consigo competir.

E agora? Agora tudo não passa de meras memórias, pelo menos para mim.

Abraços, sorrisos, piadas, conversas.. Como é posso explicar a falta disso? Como é que eu posso dizer que não me importo se no fundo eu não passo um dia sem sentir saudades?

Eu finjo que não quero saber, finjo que não me custa nem me magoa, finjo que não me importa. Mas importa tanto! Importa-me saber que tudo aquilo que passámos é apenas passado.

Eu sei que o ” para sempre ” só existe nos contos de fadas, e eu nunca pensei nisso, mas sempre pensei numa coisa diferente, sempre pensei num espécie de compromisso.

Custas fingir que vivo bem sem ti. Tento lidar com isto dia após dia, e nunca digo nada a ninguém.

Estará na hora de desistir? Como faço para deixar de te AMAR...

quinta-feira, 2 de março de 2017

A culpa é do cheiro....


Eu juro que tentei, eu queria mesmo que desse certo. 

Parecia um conto de fadas, mimo inesgotável, atenção redobrada, companhia quase 24h por dia. Que mais se podia pedir. 

Sempre achei uma treta essa relação entre os feromônios e a atracção sexual. Mas a verdade é que real de treta não tem nada. 

Ter o príncipe encantado e não conseguir gostar dele porque não agrada o cheiro é mau de mais, é injusto. Se fosse possível dizer que cheira mal, era aceitável, mas não era o caso. Era o cheiro característico dele que não era compatível comigo. Era como se não "ouvíssemos" a mesma canção..

O nosso cheiro é como uma marca própria, um registo. Ou se gosta, ou não...e eu não gostei... 

A culpa é do cheiro....